Imagem: Buda a pregar o seu
primeiro sermão.
Inicialmente, Buda baseou a sua análise da condição humana em três observações
fundamentais - As Três Marcas da Existência.
A
primeira marca da existência humana é o ponto de partida para todo o sistema
religioso budista - a impermanência (anitya). No mundo material nada
permanece, tudo está em movimento, declarou Buda. As coisas podem dar a
impressão de o serem, contudo isso não passa de uma ilusão.
A
segunda marca é a insatisfação (duhkha), ou seja, a dor. É consequência
da primeira marca. Para o pensamento budista, tudo o que não fosse permanente
gerava insatisfação. Procurar essa permanência no mundo material estaria votado
ao fracasso.
A
terceira marca é a ideia de inexistência de alma (anatman). Os seres
humanos não têm alma (atman) permanente, disse Buda. Para ele, o ser
humano era um ser compósito, constituído por uma nuvem de componentes físicos e
mentais em permanente mudança. Falar de um "núcleo" eterno do ser humano que
persistisse depois da morte seria completamente falso. Alguns elementos
característicos do ser humano poderiam passar de uma vida para outra, contudo
não a personalidade em si.
Mais
tarde, Buda passou desta ideia pessimista da condição humana para a sugestão da
existência de uma via de saída do impasse: As Quatro Nobres Verdades.
A
primeira considerava a vida na sua essência, insatisfatória.
A
segunda corresponde à ideia de que essa insatisfação deriva das ânsias
(trsna), ou seja desejos, que assolavam o ser humano e da sua ignorância
(avidya).
A
terceira era que este não tinha de ser o destino de todos os homens e que
haveria forma de fugir à escravatura deste mundo insatisfatório.
A
quarta e última nobre verdade determinava o caminho de fuga à escravidão do
mundo, ou seja, as Oito Vias Sagradas.
1.
parecer recto, adequado, correcto
2.
intenção recta
3.
discurso recto
4.
acções rectas
5.
existência recta
6.
esforço recto
7.
espírito recto
8.
concentração recta
Destas oito vias, poder-se-á considerar as duas últimas como as de maior cariz
religioso. O espírito recto corresponde a um exercício espiritual
especificamente budista enquanto a concentração recta refere-se à meditação
recta. É através da meditação que se pode chegar à verdadeira compreensão da
natureza da realidade e obter a libertação dos ciclos intermináveis de
samsara.
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sábado, 12 de maio de 2012
AS QUATRO NOBRES VERDADES
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