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segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Defumações



A maioria das rezadeiras brasileiras confia no sucesso do benzimento contra o chamado quebranto, e o responsabiliza pela apatia, sonolencia, melancolia, inquietação, tristeza e inapetência dos seus rebentos queridos. Trata-se de pertubações que são, atribuidas a projeção de fluidos de inveja, ciume ou despeito, lançados pelas pessoas de mal olhado. Aliás não vos deve ser desconhecido o caso de aves, animais e flores que se abatem, adoecem e machucam, depois que certas criaturas, possuidoras de olhos ruins, os desejam ou invejam. Embora a medicina e os cientistas considerem o quebranto uma velha e tola superstição, o certo é que ele se exerce disciplinado por leis tão lógicas como as que também coordenam o curso e a estabilidade dos atomos. Os fluídos etéricos e malfazejos, projetados pelas criaturas invejosas, ciumentas ou despeitadas, podem acumular-se no perispirito indefeso das crianças e chicotear-lhes o duplo etérico, perturbando o funcionamento normal dos chacras ou centros de forças etéricos. Em verdade, desde os tempos imemoriais existiram criaturas que benziam e curavam eczemas, cobreiros, feridas malignas, manchas, verrugas, cravos e nódulos, mau olhado, mau de inveja, e pequenas simpatias, extranhas que afectam o corpo humano.
                                                          

Aqui vai algumas dessas orações:

PARA TIRAR O MAU OLHADO
Pega num raminho de oliveira e vai fazendo o sinal da cruz no peito da pessoa enquanto isso, diz: Jesus quando andou no mundo para tudo, tudo ele rezou. Rezou para olhares de quebranto, que desta pessoa vão saindo, varridas com o galho de oliveira amem.

PARA DEFUMAR A CASA
com este incenso sagrado limpo a minha casa e meu corpo fisico e astral, para que fiquem puros e protegidos contra os fluidos, infuencias ou interferencias malignas. Que sobre eles não prevaleçam a inveja, o ciume, o mau olhado, o ódio ou quaisquer outros malificios de pessoas más. Que deles se afastem as entidades indesejaveis, espiritos maus ou obcessores que pretendam fazer-nos mal. Nesta casa que entre sorte, a saúde e meus caminhos sejam abertos para minha felicidade, sobre a proteçao dos meus guias.


TOMEM EM CONSIDERAÇAO PARA TUDO É NECESSÁRIO HORÁRIO


Prece de defumação- ervas apropriadas-pagas

Defumo a minha casa, o meu corpo e o meu espírito, caminhos e todo o lugar por onde eu andar com este defumador com que Cristo foi defumado. Para perfumar o meu corpo e livrar-me das cargas fluídicas dos meus inimigos, visíveis e invisíveis; assim serei livre de todos os perigos em nome da trindade Jesus, Maria e José

Prece de defumação- ervas apropriadas-pagas

Defumo a minha casa em louvor a Deus e do Santíssimo Sacramento; que saia todo o mal por esta porta. Se forem assim como são as três pessoas da Santíssima Trindade, que haja justiça para quem me botou este mal; em louvor de Deus e do Santíssimo Sacramento, entre toda a fortuna por esta porta.
 
Em louvor do Santíssimo Sacramento do altar,
Esta minha casa eu estou a defumar,
Para que todos os espíritos maus,
Inveja, praga, mau-olhado
E artes diabólicas se hão-de afastar.
E a paz de Jesus nos venha abençoar.
(abrir a porta da rua e dizer três vezes)
Em louvor de São Bento
Sai o mal para fora que entre o Bem para dentro.

O que é o Jogo de Buzíos


Explicação sobre a forma de Jogo

O jogo de búzios tem por finalidade identificar nosso Orixá (Ori=Cabeça (física e astral) + Ixá=guardião); ou seja , problemas de plano astral, espiritual, material e suas soluções". O jogo de búzios é uma leitura divinatória e esotérica por excelência, utilizado como consulta, quer seja; para identificar nosso orixá (ori= cabeça + ixá=guardião), que é a mesma figura do anjo de guarda; a situação material, astral e espiritual, principalmente com relação a problemas e dificuldades.
Portanto de uma forma definitiva - ninguém "fala" ao nosso ouvido, nem Exú e tampouco Oxum, os quais tem forte influência sobre o jogo, mas não desta forma, se assim fosse, não seria necessário jogá-los.
A leitura esotérica divinatória está diretamente ligada à Òrúnmìlà, cujos babalorixás, são seus porta-vozes, outras lendas africanas, mostram a ligação do jogo de búzios com Exú, Oxum e Oxalá. No capítulo destinado à Ifá e Odù, consta essa estreita relação entre Exú e Ifá.
O jogo de búzios é exclusivo dos candomblecistas praticantes e reconhecidamente iniciados.
Os búzios são jogados em número de dezesseis, que correspondem aos dezesseis odús principais, quer sejam: Okaran (Exú), Ejioko (Ogum, Ibeji), etaogunda (Obaluayiê, Ogun), Iorosun (Yemanjá, Oya), Oxê (Oxum), Obara (Oxossi, Logunedé e Xangô), Odí (Omolu, Oxóssi e Oxalá), EgionilO (Oxaguian), Ossá (Oyá, Yewa e Yemanjá), Ofum (Oxalufan), Owarim (Oyá, Ogum e Exu), Egilexebora (Xangô, Oba, Iroko), Egioligibam (Nanã), Iká (Ossain e Oxumare), Obeogundá (Ogun, Ewá eOobá) e Alafia (Orixalá, isto é, todos os outros Orixás funfun). Duas formas são as mais utilizadas, sobre a urupema (peneira (totalmente abolido em ketu)), ou sobre erindilogun (fio de contas), que em alguns casos, nele constam os dezesseis orixás cultuados atualmente no Brasil; igualmente constam desta parafernália: uma otá, uma vela branca, um adjá (espécie de sineta) usado para saudar os orixás, abrir o jogo e convocar o eledá do consulente para que permita uma boa leitura; água; indispensável os fios de Oxalá e Oxum; um coco de ifá; moedas; favas; obi; orobô; um imã; uma fava (semente) especial que represente no jogo o eledá consultado, e fora isso um preparo do babalorixá, e os orôs (rezas) necessários.
A forma de jogo mais usual, é a da leitura por odú, feita pela quantidade de búzios "abertos" ou "fechados", em que o olhador, deverá efetuar várias jogadas para uma leitura mais completa, em alguns jogos, cada queda corresponde a um único odú-orixá.
O porque e para que se consultam os búzios ? Pelo mesmo princípio que se vai ao médico, só vai quem está doente ou para uma avaliação de rotina, da mesma forma, que só toma remédio quem está doente, só se deve fazer algo, se houver alguma necessidade.
O futuro - é grande questão dos consulentes, no jogo de búzios, pode-se fazer "perguntas", cujas respostas não são detalhadas, mas de uma maneira geral é sim ou não, provável e se não fosse assim não haveria babalorixá pobre neste mundo, o futuro a Deus pertence, esta é uma frase sábia que alguém com muita propriedade disse um dia.
O futuro depende muito dos nossos atos presentes, o exercício do nosso livre arbítrio é constante, nada está definitivamente marcado ou decidido, a partir do instante que exercemos nossa vontade, podemos modificar a todo instante nosso futuro; exemplos simples: se alguém fica doente e acha que é o destino, vai morrer, mas, se procurar um médico, vai se curar; o futuro foi alterado; assim alguém que perca seu emprego, se ficar em casa, vai passar fome, se sair e procurar um emprego, terá grande chance de conseguir e novamente alterar seu futuro; e assim com tudo na vida; uma grande questão é que muitas pessoas acham que seu orixá, anjo da guarda ou Deus, tem saber de tudo, das suas necessidades, dos seus problemas e simplesmente resolvê-los, antes assim fosse, porém, mais uma vez é necessário que o nosso livre arbítrio e o nosso querer, tem que ser constante em nosso dia a dia.
Não podemos esperar que as pessoas "adivinhem" ou saibam o que estamos querendo ou precisando, se não falarmos, se não nos comunicarmos, é evidente que se tem uma forma de fazê-lo, sempre podemos dizer o que pensamos e precisamos, mas de uma forma correta, não agressiva, coerente. Sempre temos duas chances em cada situação que nos apresenta, o de sim e o de não, se tentarmos, porém se não tentarmos, só resta o não.
O jogo de búzios, costumo dizer que é uma ciência exata, sabe-se ou não, não cabe meio termo, quem sabe, talvez, ou a leitura é a expressão de uma realidade presente ou não, a forma de checar se um jogo está correto, começa pela identificação do orixá, a cada orixá corresponde um estereotipo de caráter e personalidade ao seu "filho", que ao lhe relatar não pode errar ou fugir das suas principais características, que o babalorixá checa com o consulente, se tudo corresponde, as demais situações do jogo também estarão corretas.
Porém se observe, que um leitor de jogo de búzios necessariamente tem que conhecer sobre as características que os orixás imprimem aos seus "filhos" características estas, que em alguns casos para o mesmo orixá, tem variantes, pela sua qualidade apresentada, ou ainda, difere determinadas características, se o "filho" for do sexo masculino ou feminino, há que se reconhecer uma situação um pouco complexa, e não poderia ser de outra forma, com todas essas variantes é um jogo prostituído, isto é, usado de forma inescrupulosa, leviana, por pessoas totalmente estranhas ao processo, pelos ignorantes que se julgam conhecê-lo.
Com relação ainda à esta situação, é muito comum alguns iniciados ou até mesmo sacerdotes, que não se preocuparam muito com o aperfeiçoamento, estudo mais detalhado, prática exaustiva, incorrem num erro, de conhecer uma pessoa de determinado orixá, e classificar suas características como definitivas para aquele orixá, e sempre que ver alguém com aquelas características, achar que aquela pessoa, também será daquele orixá, generalizando para sempre todos estes casos e situações; o erro: esta pessoa que conheceram, pode estar com o orixá errado, pois quem lhe atribuiu este orixá, não era competente, este é um fato muitíssimo comum.
É uma forma de leitura divinatória, que não massifica, isto é, uma situação vale para muitos, como no caso do horóscopo, mas usada de forma individual, como exemplo, o caso de gêmeos, dois ou mais, nascem no mesmo dia, e no entanto, caráter e personalidade em muitos casos, totalmente diversos.

Os Orixás e o seu Signo



  
Os Orixás, esses fascinantes Deuses africanos, governam um ou mais signos.
Isso significa que todo nós temos um orixá que nos guia em nossa vidas.
 Existem três os tipos de orixás presentes em nossa Vida.
  • o de frente ou de cabeça, que corresponde ao signo solar:
  • o ajuntó, que é o nosso ascendente;
  • e o de herança, associado ao signo lunar.
Mais fácil é conhecer o Orixá de Frente. Antes porém, é bom dar atenção para um detalhe: as múltiplas manifestaçãoes de um mesmo Orixá.

Apesar de existirem mais de 100 orixás, para efeito de associação com os signos, somente 16 deles ganham importância porque apresentam características semelhantes às dos planetas e estrelas do céu astral e também por causa de sua ligação com os quatro elementos básicos:


~
Para saber qual o seu Orixá Protector, veja em que decanato nasceu.

 Exemplo: Se nasceu a 20 de Agosto, sob o signo Leão, então o seu Orixá Protector é: Ogum, porque pertence ao 3 decanato do Signo.

Exemplo: Se nasceu a 10 de Agosto, sob o signo Leão, então o seu Orixá Protector é: Xangõ , porque pertence ao 2 decanato do Signo.
3º Exemplo: Se nasceu a 26 de Agosto, sob o signo Leão, então o seu Orixá Protector é: Oxala , porque pertence ao 1 decanato do Signo.
Signo Leão:  de 23 Julho a 22 de Agosto.
23 de Julho a 1 de Agosto – 1 Decanato
2 de Agosto a 11 de Agosto – 2 Decanato
12 de Agosto a 22 de Agosto – 3 Decanato
 
Para os filhos de Carneiro nascidos de 21 de Março a 19 de Abril.
Orixá Protector1º Decanato: Ogum-2º Decanato :Oxalá – 3º Decanato: Xangô
Numerologia: 1 - Elemento: Fogo
Regência astrológica de: Marte - Regência cabalística de: Gevurah

 
Para os filhos de Touro nascidos de 20 de Abril a 20 de Maio.
Orixá Protector 1º Decanato: Oxossi – 2º Decanato :Ibeiji - 3º Decanato: Obaluaiê
Numerologia: 2- Elemento: Terra
Regência astrológica de: Vénus - Regência cabalística de: Netzah

 
Para os filhos de Gêmeos nascidos de 21 de Maio a 20 de Junho.
Orixá Protector 1º Decanato: Ibeiji – 2º Decanato: Oxossi - 3º Decanato: Obaluaiê
Numerologia: 3 - Elemento: Ar
 Regência astrológica de: Mercúrio - Regência cabalística de: Hod

  
Para os filhos de Caranguejo nascidos de 21 de Junho a 22 de Julho.
Orixá Protector 1º Decanato: Yemanjá – 2º Decanato: Ogum – 3º Decanato: Xangô
Numerologia: 4 - Elemento: Agua
Regência astrológica de: Lua - Regência cabalística de: Yesod


Para os filhos de Leão nascidos de 23 Julho a 22 de Agosto.
Orixá Protector1º Decanato: Oxalá – 2º Decanato: Xangô – 3º Decanato: Ogum
Numerologia: 5 - Elemento: Fogo
Regência astrológica de: Sol - Regência cabalística de:   Tiphereth


Para os filhos de Virgem nascidos de 23 de Agosto a 22 de Setembro.
Orixá Protector1º Decanato: Ibeiji – 2º Decanato: Obaluaiê - 3º Decanato: Oxossi
Numerologia: 6 - Elemento: Terra
Regência astrológica de: Mercúrio - Regência cabalística de: Hod

  
Para os filhos de Balança nascidos de 23 de Setembro a 22 de Outubro.
Orixá Protector 1º Decanato: Oxossi – 2º Decanato: Obaluaiê - 3º Decanato: Ibeiji
Numerologia: 7 - Elemento: Ar
Regência astrológica de: Vénus - Regência cabalística de: Netzah

  
Para os filhos de Escorpião nascidos de 23 de Outubro a 21 de Novembro.
Orixá Protector 1º Decanato: Ogum – 2º Decanato: Xangô - 3º Decanato: Yemanjá
Numerologia: 8 - Elemento: Agua
 Regência astrológica de: Plutão - Regência cabalística de: Daath

 
Para os filhos de Sagitário nascidos de 22 de Novembro a 21 de Dezembro.
Orixá Protector1º Decanato: Xangô – 2º Decanato: Ogum - 3º Decanato: Oxalá
Numerologia: 9 - Elemento: Fogo
 Regência astrológica de: Júpiter - Regência cabalística de: Hesed

 
Para os filhos de Capricórnio nascidos de 22 de Dezembro a 19 de Janeiro.
Orixá Protector1º Decanato: Obaluaiê – 2º Decanato: Oxossi - 3º Decanato: Ibeiji
Numerologia: 10 - Elemento: Terra
 Regência astrológica de: Saturno - Regência cabalística de: Binah

 
Para os filhos de Aquário de 20 de Janeiro a 18 de Fevereiro.
Orixá Protector 1º Decanato: Obaluaiê – 2º Decanato: Ibeiji - 3º Decanato: Oxossi
Numerologia: 11 - Elemento: Ar
 Regência astrológica de: Urano - Regência cabalística de: Hokmah

 
Para os filhos de Peixes de 19 de Fevereiro a 20 de Março.
Orixá Protector1º Decanato: Xangô – 2º Decanato: Yemanjá - 3º Decanato: Ogum
Numerologia: 22 – 0 - Elemento: Agua
 Regência astrológica de: Neptuno - Regência cabalística de: Kether

 
"Os Orixás só podem SER CONFIRMADOS por um Babalorixá ou Yalorixá em Camarinha (Retiro) por intermédio do Jogo de Buzíos"

terça-feira, 16 de outubro de 2012

OBSESSORES - UMA BATALHA DE LUZ E TREVAS





Existe uma intensa atividade permeando o universo físico e o espiritual. Forças e energias espirituais influenciam a vida dos encarnados, muitas vezes de forma negativa, provocando comportamentos e atitudes negativas, criando uma atmosfera densa de ódio e desespero. Esses espíritos ligados aos vivos e distantes da grande Luz Divina, vivem só para isso. Estamos falando dos obsessores.

- Alex Alprim -
Obsessão: substantivo feminino. 1 - Diacronismo: antigo. 2 - Suposta apresentação repetida do demônio ao espirito. 3 - Apego exagerado a um sentimento ou a uma idéia desarrazoada. 4 - Ação de molestar com pedidos insistentes; impertinência, perseguição, vexação.

Se pudéssemos enxergar o mundo espiritual como vemos o universo físico, perceberíamos um grande número de espíritos passando por nós a todo instante: em nossas casas, no trabalho e nas mais diversas atividades, tanto interagindo como atuando junto ao mundo dos encarnados.

Na Terra, existe um sem número de forças espirituais, e nem todas com "boas intenções". Na verdade - segundo a literatura espírita obtida até os dias atuais por meio de psicografias, mensagens e contatos mediúnicos - o plano de evolução espiritual em que se encontra nosso planeta o leva a ser um local de expiação, no qual se concentra um grande número de espíritos vibrando nas baixas freqüências.

Esses espíritos vivem imersos em correntes energéticas e emocionais de ódio, raiva, egoísmo, amor não-correspondido, entre outras emoções, e estão de tal forma presos ao plano físico que muitos acreditam ainda estar em seus corpos carnais. Assim, vivem próximos das pessoas com as quais um dia conviveram, afastando-se dos planos espirituais mais elevados e atrasando sua reencarnação.

Entre esses espíritos, ainda existem aqueles que têm a consciência de que estão mortos e que não habitam mais um corpo físico; mas como ainda estão presos às vibrações mais baixas do mundo espiritual, realizam ações que visam prejudicar os vivos e atrapalhar ao máximo a vida e a evolução espiritual de suas vítimas encarnadas. Esses espíritos são os que chamamos de obsessores.

A Obsessão Nasce

Eles nascem de diversas formas. Sua sensibilidade à Luz Divina foi embrutecida pelo tempo e por sua natureza moral. Eles ficam estagnados num círculo vicioso e numa obstinação tão intensa que não é raro se esquecerem quando e por que tudo começou.

Na maioria das vezes, estão tão cansados e vivem há tanto tempo nessa condição que não sabem mais como caminhar em direção ao esclarecimento e à Luz de Deus, necessitando assim de toda ajuda que lhes possa ser fornecida.

É fácil para nós imaginarmos o surgimento de tais obsessões pelo caminho do ódio. Afinal, sabemos do que os homens são capazes quando tomados pela raiva descontrolada; mas também surgem obsessões, até mais graves, em virtude do amor. O amor gera correntes que, unidas a outros sentimentos (egoísmo, apego, carência afetiva intensa, falta de auto-estima), podem produzir obsessões.

A revolta, a dor, a raiva, podem mudar a energia do amor; basta que exista um grande apego alimentado por um forte egoísmo, gerado num coração que viva uma grande carência, e teremos um espírito que sentirá uma grande dificuldade de se separar dos entes queridos.

Como o amor e o ódio estão separados por uma barreira quase imperceptível, em algumas oportunidades, imaginamos que um espírito está com ódio, quando, na verdade, ele pode estar escondendo a dor de um amor não correspondido; ou até mesmo pode ser uma entidade que ainda quer manter o apego que tinha em vida, agindo de forma a manter a outra pessoa presa ao círculo de sentimentos que demonstrava quando o espírito estava encarnado.

De todas as formas de obsessão, a gerada pelo amor é a pior de todas, pois aquele que ama sequer pode imaginar ou aceitar que, na verdade, está atrapalhando seus entes queridos. Ele acredita estar ajudando-os, supondo que não poderiam viver sem sua presença e auxílio.

A relação entre o obsessor e suas vítimas é variada e segue por caminhos tortuosos, mas que inevitavelmente levam à degradação física e moral do obsedado, o que, por fim, pode levar à "vitória" do espírito obsessor. Entre as formas conhecidas de obsessão, vamos a seguir analisar as maneiras de ataque.

O Ataque das Trevas
Partindo do que observamos até o momento, percebemos que as obsessões são as ações que influenciam os vivos, estimulando reações e semeando a discórdia e o ódio, nascido da força exercida pelos espíritos inferiores. Eles influenciam maleficamente, como os demônios das histórias bíblicas, e assim como ocorre nessas histórias, as formas do obsessor atuar também são sutis e intangíveis, e só após muito tempo é que se tomam evidentes. Mas podemos dividi-Ias da seguinte forma:

Obsessão Simples
O espírito obsesso por meio da sua vontade, motivado pelos mais diversos sentimentos, exerce uma persistência férrea, tenaz, influenciando em todas as áreas da vida de sua vítima, provocando a ira de pessoas próximas, atrapalhando seus relacionamentos, atuando por meio de sugestões de pensamento que vão contra a forma habitual da vítima agir.

Na maior parte das vezes, com o auxílio da auto-análise e do bom-senso, a vítima afasta esses pensamentos "ruins" e retoma o controle da sua vida. E quando esse tipo de ataque é detectado, cabe ao obsedado confiar no caminho espiritual e fazer sua vida um exemplo de luz e de dedicação pessoal, pois dessa forma afasta a chance de novos ataques. Procurando praticar o bem, ele estará pautando sua vida de acordo com os ditames dos grandes mestres e livrando-se da ação do obsessor.

Fascinação
Esse tipo de obsessão é das mais difíceis de quebrar, isso porque a vítima não acredita que está sob efeito de qualquer força negativa. Na verdade, algumas vezes, ela julga que é a única que não está obsedada, enquanto todos à sua volta estariam.

Nesse caso, o espírito obsessor vai se inserindo discretamente e ganhando espaço na vida do obsedado; como uma planta daninha, vai se enraizando, plantando desconfianças e medos, manias e desejos, até o ponto em que se instala definitivamente. A pessoa estará de tal forma envolvida que quase se forma uma simbiose psíquica que, caso se concretize, tomará ainda mais complexa a situação.

Nesse caso, o bom senso e a autocrítica se esvaem e a pessoa precisa de uma intensa ajuda espiritual, do mais alto nível, para superar o assédio dessa força maligna. Às vezes, a obsessão leva a delírios nos quais o obsedado acredita ser uma pessoa com uma "missão divina", e pode até perder a razão, tornando-se um esquizofrênico, afastando-se do convívio social e, com o tempo, precisando de ajuda psiquiátrica.

Subjugação
É uma forma de obsessão na qual a vítima encarnada está sob domínio completo de uma força desencarnada. Quando esse tipo de obsessão ocorre, vemos a pessoa apática como se estivesse sonâmbula, tendo vontades que estão em desacordo com sua personalidade, e até afastando pessoas próximas que a critiquem ou que questionem suas "novas" atitudes.

O espírito obsessor não toma o lugar do espírito encarnado no corpo do obsedado. O que ocorre é uma supressão da vontade da vítima, por meio da supremacia da vontade do obsessor. Embora seja facilmente detectável, a sua cura exige uma mudança vibracional no obsedado, o que envolve uma grande disciplina moral e a aproximação aos ensinamentos e dogmas da Doutrina Espírita, de forma que leve o espírito obsessor a compreender sua falta e buscar o caminho da Luz Divina.

Auto-Obsessão
Mas ainda existem aqueles que, mesmo desencarnados, estão obsedados; e o pior, por eles mesmos. Tais espíritos acreditam serem pessoas sem valor e não se perdoam pelos" erros" que acreditam terem cometido em vida.

Eles acham que jamais poderão receber a Luz Divina e reingressar na via reencarnatória, pois estão presos a uma neurose espiritual tão intensa que os cega a tudo à sua volta. Em grande parte das vezes, infligem a si mesmos os mais diversos castigos e, mesmo quando recebem a ajuda de outros espíritos e das almas iluminadas, eles argumentam que seus crimes são imperdoáveis e anseiam por "castigos" que possam "purificá-los". Vivem acreditando que são indignos de qualquer perdão.

Mas a Luz Cura
Não existe como tratar a obsessão sem o apoio e o interesse de todas as pessoas envolvidas no caso. É necessário o envolvimento espiritual e pessoal para que tanto o obsessor quanto o obsedado se vejam livres das amarras que os prendem, de forma a alcançarem a luz e a liberdade.

Como a obsessão é um processo com profundas raízes espirituais, é preciso tomar cuidado e não agir solitariamente para debelar o problema. É sempre necessária a presença de um grupo considerável de médiuns, e o tratamento deve ser feito de preferência em um centro espírita ou outro local especializado nas práticas de curas espirituais.

A reunião para tratar tais casos tem características específicas, pois todos os esforços devem ser coordenados e deve-se agir com um grande senso de solidariedade e compaixão. Antes de começar o trabalho, é necessário definir o foco que será seguido, e todos deverão exercitar sua força de vontade de forma a que formem um só feixe de energia e de Luz Divina. O obsedado deverá ser assistido com práticas espirituais diárias, que sejam instrutivas e que lhe dêem um forte alicerce. Além disso, deverá praticar atos sadios e desenvolver novamente a sua força de vontade, quebrando as amarras e correntes que foram forjadas no universo espiritual.

A prece, mesmo que seja uma oração pessoal e singela, é de grande valor na prática da cura da obsessão. Ela deve ser acompanhada por meditações e pelo aprofundamento da vítima nos assuntos espirituais, pois isso lhe dará os recursos necessários para ir além e renascer para uma vida plena e livre das vontades obsessoras.

Deve ser dada igualmente uma especial atenção ao ambiente e ao lar do obsedado, o qual deve ser limpo das manifestações dos espíritos baixos, pois eles se manifestam com mais facilidade em ambientes sujos, malcuidados e com grande quantidade de energia negativa estagnada. Para melhorar esses ambientes é preciso livrar-se de plantas velhas e doentes, de coisas quebradas, e deixar o ar ventilar em todos os cômodos, além de sempre fazer orações e preces em todos os locais da casa onde se sinta a presença de forças obsessoras.

A família é uma grande chave para a cura da obsessão. É ela que toma possível a recuperação do obsedado, que fortalece a vítima por meio da infinita energia do amor e lhe dá a chance de recuperar o controle sobre sua vida. Recomenda-se a todos seguirem a prática espiritual da prece e a leitura de material espiritual inspira dor. Dessa forma, cria-se uma corrente fluí dica positiva em torno de todos, gerando a elevação da freqüência vibracional dos espíritos em volta das pessoas que estão imersas na situação; assim, elas recebem cada vez mais força e energia desses espíritos iluminados, gerando um círculo virtuoso e próspero de amor e luz.

O processo obsessivo possui sempre raízes profundas, e a melhora do estado obsessivo varia em cada caso. Algumas vezes, não notamos sinais de melhora, pois cremos que tudo deve ser instantâneo, como se fosse um remédio engolido às pressas para uma dor de cabeça. Depois, quando se vê que a cura demandará semanas, e não dias, abandonam-se as práticas e surge a descrença quanto à eficácia da cura, buscando outros recursos para se ver livre do obsessor. Mas, não raro, tais caminhos apenas levam a mais dor e problemas.

A perseverança é a ferramenta principal para a libertação do obsedado, e ela é necessária para seguir o tratamento e atingir os objetivos e metas da plenitude, da paz e da liberdade. A Bondade Divina atende a todos mediante o empenho de cada pessoa, que ela comunica ao universo, por meio de suas ações e dedicação, os caminhos e "atalhos" que lhe surgem à frente.

Além do que vimos anteriormente, existe uma ferramenta que é um dos recursos heróicos no combate à obsessão: é a chamada sessão de desobsessão. Essa sessão deve ser usada em casos extremos, quando tudo já foi tentado sem resultado e, pelos caminhos da humildade e da fé, mostra-se necessário ajudar alguém que sofre de tal mal.

Para tal é necessária a presença de um grupo de médiuns seguros, que exercitem a doutrina em todos os instantes de sua vida. Para o sucesso da sessão é preciso a tutela de um orientador que possua grande autoridade e uma intensa força de vontade, inabalável crença na Força Divina, a fim de se dirigir aos espíritos obsessores. Ele deve ser conhecedor do assunto, com prática e facilidade para expor a doutrina, e suas ações devem sempre ser o reflexo de suas palavras, não agindo com hipocrisia e tampouco se deixando levar pelo orgulho, pois ambas se tornam fissuras que prejudicam o trabalho espiritual da desobsessão.

Durante a sessão, ele deve agir procurando orientar, ensinar e esclarecer o obsessor quanto aos males que está praticando. Enquanto isso, todos os médiuns deverão se unir em um só coro espiritual de luz e oração.

Nessas reuniões - que devem ser feitas com um extremo cuidado e com preparo consciente por parte de todos - o obsedado não deverá estar presente, ficando em sua casa em meio a preces, leituras ou meditação, para auxiliar o trabalho. E a sessão deverá ser repetida ou retomada enquanto for necessário.

Concluída a conversão do obsessor, o ex-obsedado deve ser esclarecido quanto à necessidade de modificar os padrões de vida que o levaram àquela situação. Deve ser dito a ele tudo o que fez e que provocou tamanho caos. Não devemos poupar a pessoa, seja por sua sensibilidade ou por questões pessoais, pois assim estaríamos impedindo-a de crescer e evoluir espiritualmente.

Para evitar uma recaída, ele também deverá manter a disciplina desenvolvida durante a desobsessão, reforçando as suas defesas morais e espirituais, não deixando de tomar cuidado com suas ações e palavras, a fim de enriquecer sua vida espiritual e deixar as baixas vibrações para trás.

Hermitismo




O Hermetismo é o estudo e prática da filosofia oculta e da magia, de um tipo associado a escritos atribuídos ao deus Hermes Trismegistus, "Hermes Três-Vezes-Grande", uma deidade sincrética que combina aspectos do deus grego Hermes e do deus egípcio Thoth. Estas crenças tiveram influência na sabedoria oculta europeia, em especial desde a Renascença, quando foram reavivadas por figuras como Giordano Bruno e Marsilio Ficino. A magia hermética passou por um renascimento no século XIX na Europa Ocidental, onde foi praticada por nomes como os envolvidos na Ordem Hermética do Amanhecer Dourado e Eliphas Lévi. O hermetismo também está associado à alquimia e a astrologia.




Os escritos Herméticos são uma coleção de 18 obras Gregas, e as principais são Corpus Hermeticum e a Tábua de Esmeralda, as quais são tradicionalmente atribuídas a Hermes Trismegistus. Estes escritos contêm os aspectos teórico e filosófico do Hermetismo em seu aspecto teosófico. O período bizantino é marcado por uma outra coleção de obras herméticas, que também são relacionadas ao Hermes Trismegistus, e contêm uma tradição hermética popular a qual é composta essencialmente por escritos relacionados a astrologia, magia e Alquimia. Esta versão popular encontra sustentação ou base nos diálogos Hermeticos, apesar dele se distanciar da magia.

A prática da magia entretanto não está distante das praticas realizadas no antigo Egito, a qual em uma última análise e a fonte de todos os diálogos herméticos, pois o Hermetismo lá floresceu, e portanto estabelece uma conexão entre as duas tradições Hermeticas: filosófica e magia.

O livro Caibalion foi escrito no final do sec. XIX por três Iniciados que registraram as Sete Leis do Hermetismo.Não é um livro oriundo da era pré-cristã como se supõe.




Hermes Trismegistus ou "Hermes Três Vezes Grande", foi um grande sábio das primeiras dinastias egípcias, ele é o pai das artes ocutas, tendo ensinado alquimia, astrologia e filosofia aos seus dicípulos. Foi considerado após sua morte como "A Fonte da Sabedoria", tendo vivido por 200 anos, tendo possivelmente sido comteporâneo a Abraão.
"Em qualquer lugar que estejam os vestígios do Mestre, os ouvidos daquele que estiver preparado para receber o seu Ensinamento se abrirão completamente". - O Caibalion
"Quando os ouvidos do discípulo estão preparados para ouvir, então vêm os lábios para os encher com Sabedoria." - O Caibalion
Após sua morte, foi adorado pelos egípcios como deus Toth, deus que simbolizava a lógica organizada do universo, relacionado aos ciclos lunares, que expressam a harmonia do universo. Deus do verbo e da sabedoria, foi naturalmente identificado com Hermes. Como o deus da sabedoria o Toth foi atribuido como escritor de uma série de textos sagrados egipcíos os quais descrevem os segredos do universo. Os textos Hermeticos antigos podem ser considerados também retentores de ensinamento e de uma base de iniciação a antiga religião egipcía.
Como todos os deuses egipcíos o Toth inicialmente era adorado localmente, mas depois a adoração a ele espalhou-se por todo o Egito. Uma das localidades de adoração ao Toth era na Grande Hermopolis. Com o estabelecimento da dinastía Ptolomaica naquela região Gregos imigraram também para a cidade sagrada de Toth. Desta imigração de Gregos advém a identificação de Hermes com Toth.




As sete principais leis herméticas se baseiam nos princípios incluídos no livro "O Caibalion" que reúne os ensinamentos básicos da Lei que rege todas as coisas manifestadas. A palavra Caibalion, na língua hebraica significa tradição ou preceito manifestado por um ente de cima. Esta palavra tem a mesma raiz da palavra Cabala, que em hebraico, significa recepção.

 

Lei do Mentalismo

"O Todo é Mente; o Universo é mental." (O Caibalion)

O universo funciona como um grande pensamento divino. É a mente de um Ser Superior que 'pensa' e assim é tudo que existe. É o todo. Toda a criação principiou como uma ideia da mente divina que continuaria a viver, a mover-se e a ter seu ser na divina consciência.
A matéria são como os neurônios de uma grande mente, um universo consciente e que 'pensa'. Todo o conhecimento flui e reflui de nossa mente, já que estamos ligados a uma mente divina que contém todo o conhecimento.

Lei da Correspondência

"O que está em cima é como o que está embaixo. E o que está embaixo é como o que está em cima"(O Caibalion)

A perspectiva muda de acordo com o referencial. A perspectiva da Terra normalmente nos impede de enxergar outros domínios acima e abaixo de nós. A nossa atenção está tão concentrada no microcosmo que não nos percebemos o imenso macrocosmo à nossa volta.
O principio de correspondência diz-nos que o que é verdadeiro no macrocosmo é também verdadeiro no microcosmo e vice-versa. Portanto podemos aprender as grandes verdades do cosmo observando como elas se manifestam em nossas próprias vidas.

 

Lei da Vibração

"Nada está parado, tudo se move, tudo vibra".

No universo todo movimento é vibratório. O todo se manifesta por esse princípio. Todas as coisas se movimentam e vibram com seu próprio regime de vibração. Nada está em repouso. Das galáxias às partículas sub-atômicas, tudo é movimento.
Todos os objetos materiais são feitos de átomos e a enorme variedade de estruturas moleculares não é rígida ou imóvel, mas oscila de acordo com as temperaturas e com harmonia. A matéria não é passiva ou inerte, como nos pode parecer a nível material, mas cheia de movimento.

 

Lei da Polaridade

''"Tudo é duplo, tudo tem dois pólos, tudo tem o seu oposto. O igual e o desigual são a mesma coisa. Os extremos se tocam. Todas as verdades são meias-verdades. Todos os paradoxos podem ser reconciliados"(O Caibalion)

A polaridade revela a dualidade, os opostos representando a chave de poder no sistema hermético. Mais do que isso, os opostos são apenas extremos da mesma coisa. Tudo se torna idêntico em natureza. O pólo positivo + e o negativo - da corrente elétrica são uma mera convenção.
O claro e o escuro também são manifestações da luz. A escala musical do som, o duro versus o flexível, o doce versus o amargo. Amor e o ódio são simplesmente manifestações de uma mesma coisa, diferentes graus de um sentimento.

 

Lei do Ritmo

"Tudo tem fluxo e refluxo, tudo tem suas marés, tudo sobe e desce, o ritmo é a compensação".

Pode se dizer que o princípio é manifestado pelo nascimento, morte e renascimento, ascensão e queda, da conversão energia cinética para potencial e da potencial para cinética . Os opostos se movem em círculos.
Esse princípio pode ser observado pelo movimento dos astros, planetas que giram de forma circular á suas estrelas-mães, que giram em torno do centro de seus sistemas solar, cada sistema solar ou estrela não circundada por planetas, gira ao redor do centro da galáxia, passando pelos braços da galáxia. As gálaxias giram ao redor de outras gálaxias. O homem nasce, desenvolve-se, morre e renasce.

Lei do Gênero

"O Gênero está em tudo: tudo tem seus princípios Masculino e Feminino, o gênero se manifesta em todos os planos da criação".

Os princípios de atração e repulsão não existem por si só, mas somente um dependendo do outro. Tudo tem um componente masculino e um feminino independente do gênero físico, todos possuem os dois genêros e manifestam fisicamente apenas um, nada é 100% masculino ou feminino, mas sim um balanceamento desses gêneros. O gênero não-manifesto é o gênero mental.
Existe uma energia receptiva feminina e uma energia projetiva masculina, a que os chineses chamavam de ying yang. Nenhum dos dois pólos é capaz de criar sem o outro. É a manifestação do desejo materno com o desejo paterno.

 

Lei de Causa e Efeito

"Toda causa tem seu efeito, todo o efeito tem sua causa, existem muitos planos de causalidade mas nenhum escapa à Lei".

Nada acontece por acaso, pois não existe o acaso, já que acaso é simplesmente um termo dado a um fenômeno existente e do qual não conhecemos e a origem, ou seja, não reconhecemos nele a Lei à qual se aplica.
Esse princípio é um dos mais polêmicos, pois também implica no fato de sermos responsáveis por todos os nossos atos. No entanto, esse princípio é aceito por todas as filosofias de pensamento, desde a antiguidade. Também é conhecido como karma.

Cientologia





A cientologia é um sistema de crenças fundado em 1952 pelo autor de ficção cientifica L. Ron Hubbard (1911-1986), nascido em Tilden, Nebraska. A cientologia foi oficializada em 1954. Esta religião baseia-se nos livros de Hubbard Dianética: A Moderna Ciência da Saúde (1950), Dianética: A Evolução da Ciência e Ciência da Sobrevivência. Hubbard considerava a Dianética como uma subdisciplina da Cientologia. Até morrer, em 1986, Hubbard publicou centenas de livros sobre cientologia e apenas alguns sobre Dianética. A doutrina tem influências de outras religiões, como o hinduísmo e o budismo, e de ciências humanas, como a psicologia.


Mito da Criação

Segundo a Cientologia há 75 milhões de anos; vários planetas se reuniram numa "confederação das galáxias", governada por um líder maléfico chamado Xenu. Como os planetas estavam com problemas de superpopulação, Xenu mandou bilhões de seus habitantes para Terra, em espaçonaves parecidas com os Douglas DC-8, onde foram jogados dentro de vulcões (razão pela qual o livro dianética possui um vulcão na capa) e mortos com bombas de hidrogênio. Seus espíritos que foram recapturados e reunidos em cachos (como uvas, ou talvez bananas) - chamados de "thetans" (em português, "tetões") - são os seres humanos.



Relação com outras religiões

A Cientologia alega que desde o início teve as suas crenças e práticas compatíveis com outras religiões. Alega também gozar de boas relações e reconhecimento com os cristãos, budistas e outras, por décadas, antes de ser formalmente reconhecida e isenta de taxas como organização religiosa e de caridade pelo governo dos Estados Unidos, em 1993, após uma longa batalha legal. Supostamente foi reconhecida, em 1994, pelo conselho dos budistas xinto (Yu-itsu-shinto) com sede no Japão, não só estendendo o reconhecimento oficial da cientologia, mas tomando a si a tarefa de treinar inúmeros monges nas crenças e práticas adjuntas às meditações e orações. No entanto esta afirmação (como muitas das anteriores) tem credibilidade duvidosa e não foi confirmada até o momento por fontes externas à cientologia. Seria supostamente uma ocorrência da tradição de algumas religiões orientais de assimilação ou adoção de elementos de outras crenças que se não contradigam diretamente com os seus princípios. Alega-se que isto ocorreria devido à reflexão do fato de Hubbard reconhecer a força oriental e especificamente a influencia Budista na formação da sua própria filosofia.



 

Candomblé

 
 
Desde o século XVI milhões de negros vindos da África chegaram à costa brasileira, são de diversas etnias, que, mesmo considerada a diversidade cultural, comungam do fato de terem perdido as referências territoriais e comunitárias.
Restavam-lhes apenas os valores e princípios que demarcavam sua visão de mundo.
Esse grupo utiliza as mais diversas formas e táticas de sobrevivência.
Importante que se diga, que não se tratava apenas de uma sobrevivência espiritual, mas principalmente do corpo, de uma forma de viver.
Diante da adversidade da escravidão, era preciso recompor as referências perdidas. A religiosidade se prefigurou como um dos caminhos possíveis nessa empreitada, e o Candomblé, dentre outras manifestações religiosas se singularizou na manutenção de valores e princípios negros na diáspora. O Candomblé em sua expressão de maior magnitude, a comunidade-terreiro, permitiu a recriação de laços comunitários e territoriais aniquilados com a escravidão.
 
 
 
Mas afinal o que é Candomblé?

O candomblé é uma religião africana trazida para o Brasil no período em que os negros desembarcaram para serem escravos. Nesse período, a Igreja Católica proibia o ritual africano e ainda tinha o apoio do governo, que julgava o ato como criminoso, por isso os escravos cultuavam seus Orixás, Inquices e Vodus omitindo-os em santos católicos.
Os orixás, para o candomblé, são os deuses supremos. Possuem personalidade e habilidades distintas, bem como preferências ritualísticas. Estes também escolhem as pessoas que utilizam para incorporar no ato do nascimento, podendo compartilhá-lo com outro orixá, caso necessário.
Os rituais do candomblé são realizados em templos chamados casas, roças ou terreiros que podem ser de linhagem matriarcal (quando somente as mulheres podem assumir a liderança), patriarcal (quando somente homens podem assumir a liderança) ou mista (quando homens e mulheres podem assumir a liderança do terreiro). A celebração do ritual é feita pelo pai de santo ou mãe de santo, que inicia o despacho do Exu. Em ritmo de dança, o tambor é tocado e os filhos de santo começam a invocar seus orixás para que os incorporem. O ritual tem no mínimo duas horas de duração.
O candomblé não pode ser igualado à umbanda. No candomblé, não há incorporação de espíritos, já que os orixás que são incorporados são divindades da natureza; enquanto na umbanda, as incorporações são feitas através de espíritos encarnados ou desencarnados em médiuns de incorporação. Existem pessoas que praticam o candomblé e a umbanda, mas o fazem em dias, horários e locais diferentes.
Em primeiro lugar se faz necessário pensar que se trata de uma poderosa síntese que se processou em território brasileiro, sendo assim resultado de um longo e doloroso processo histórico, no qual os negros escravizados e, posteriormente os libertos, tecem laços comunitários e territoriais, consideradas as diversidades adversidades. O negro se moveu, resistiu, se comunicou entre os fios da rede da repressão.
Entender essa tensa rede de acordos e enfrentamentos, de avanços e retrocessos, de disputas e acertos internos é o longo caminho para se compreender o que é o Candomblé. Nesse sentido, se lança mão aqui de uma metáfora para se tentar chegar a um primeiro entendimento do que seja candomblé, ou pelo menos uma de suas traduções possíveis:
Imagine que uma pessoa viaja até a África e que lá chegando conhece um determinado prato da culinária local, interessando-se pelo referido prato, solicita a receita e descobre que alguns dos ingredientes não existem no Brasil, e, mesmo assim, consegue os ingredientes e volta ao Brasil, onde resolve reproduzir o prato, mas se propõe a algo mais, ou seja, resolve inventar um novo prato, que embora contenha ingredientes africanos não lembra nenhum prato conhecido na África.
Portanto é um prato brasileiro. Assim é o Candomblé, pois mesmo considerados os elementos simbólicos e religiosos africanos (ingredientes) é resultado do processo histórico na diáspora, é síntese da inventividade dos partícipes. As palavras inventividade e recriação são fundamentais à compreensão do papel do negro escravizado ou liberto na diáspora.
O Candomblé agrega territorialmente elementos que no território africano eram dispersos e objeto de cultos locais e até isolados. Muniz Sodré nesse sentido afirma:
Do lado dos ex-excravos, o terreiro de (de candomblé) afigura-se como a forma social negro-brasileira por excelência, por que além da diversidade existencial e cultural que engendra, é um lugar originário de força ou potência social para uma etnia que experimenta a cidadania em condições desiguais. Através do terreiro e de sua originalidade diante do espaço europeu, obtêm-se traços de fortes subjetividade histórica das classes subalternas no Brasil (SODRÉ.1988,p.18)
Retomando o conceito de comunidade-terreiro, percebe-se que a mesma implica além da junção de elementos dispersos e distantes, uma nova concepção de comunidade, que agrega vivos e mortos, implica em uma relação de troca entre os vivos e os ancestrais, entre deuses e seres humanos, implica ainda em uma visão de ser humano que negocia com os deuses e ancestrais uma boa vida na terra, uma vida alegre, criativa e em constante movimento, pois para o Candomblé nada é estático, tudo é movimento, tudo é troca constante.
A idéia de movimento remete a um dos elementos mais importantes do Candomblé, que a figura de Exu, senhor do movimento sem fim, é responsável pela existência dinâmica da realidade, tudo muda, seres humanos, árvores, pedras, todos são parceiros em uma relação que é dada pela dimensão de um jogo cósmico. As possibilidades vão sendo construídas e destruídas o tempo todo. O segredo da regra do jogo encontra-se na palavra acerto, ou seja, acertar um ponto, fechar um acordo, alterar uma situação, enfim simular e dissimular a realidade. Uma grande figura do Candomblé, o professor Agenor Miranda da Rocha , dizia com propriedade: Candomblé é um sistema cuja base é Exu.
Assim sendo, na impossibilidade de um ponto fixo de referência, e de uma conversão à uma verdade eterna e imutável, como caminha a civilização ocidental
desde Platão, o Candomblé acena sempre com a possibilidade de se mudar o mundo e o destino. Busca-se enganar a morte, nem que seja por uma vez. O candomblé não se prefigura como um espaço de conversão à uma única verdade. Pertencer a uma comunidade-terreiro não exige o pressuposto da adesão a verdade, basta estar ali. Em uma festa ou cerimônia pública não se pergunta se a pessoa acredita ou não na divindade presente, ou nos princípios ali vigentes.
Os deuses existem independentemente da fé. Deve se entender Candomblé como um espaço de enfrentamento do projeto universalista da civilização ocidental. Na comunidade-terreiro o homem é capaz de estabelecer uma relação de troca sem que sobre um resto a ser apropriado economicamente e em favor de algum grupo
dominante .
A comunidade-terreiro recria a referência territorial-comunitária perdida em razão da escravidão. Os negros e seus descendentes reconstituem possibilidades de enfrentar o mundo que lhes é hostil e adverso.
 
 
 
Candomblé e Modernidade – considerações finais
 
O Candomblé, embora não se possa dizer que esteja fora da modernidade, implica em pontos de enfrentamento a esse projeto de ocidentalização do mundo pela lógica do mercado. Alguns aspectos da comunidade-terreiro apontam na direção de negar a modernidade. Entre esses pontos podem ser destacados: a relação com o corpo, que deixa de ser uma mercadoria, a impossibilidade da reprodução ad infinitum dos bens, a relação com o tempo e com o espaço.
A crença na palavra do pai fundador que se traduz no culto à ancestralidade, o reforço do sentido coletivo do agir humano que se choca frontalmente com o individualismo moderno; a crença no movimento constante da vida e dos homens, a crença na palavra e a desnecessidade de contratos escritos para garantir o cumprimento de um acordo e finalmente a negação de um dos sentidos da existência, a noção de axé. Para os adeptos do Candomblé a vida é um ato de alegria que se perpetua entre os parceiros do cósmico. Mas viver o hoje não implica uma visão pós-moderna de vida, um imediatismo infrutífero, mas sim, uma relação de ética comunitária, a felicidade de um deve estar imbricada com a felicidade de todos.






Os orixás são ancestrais divinizados do Candomblé – religião trazida da África no século XVI. Entre mais de 200, apenas 12 deles são cultuados no Brasil...

O culto é celebrado pelo pai-de-santo, chefe do terreiro onde a cerimônia acontece, e tem início o despacho de Exú... Começa então, o toque dos tambores que marcam o rítmo de uma dança de roda para que os filhos-de-santo incorporem seus orixás. Passam a receber dos participantes pedidos de ajuda e de proteção. A duração mínima do ritual é de 2 horas.



OLORUM – Olorun, Olodumare
IFA – Orunmila, Orunla, Ifa (preto-velho)
EXU – Eshu, Esu, Echu
IBÊJI – Ibeji, Taiwo, Kehinde (crianças)
NANÃ – Nana Buruku
OBALUAIÊ – Sanpanna, Babalu aye, Obaluaé, Omolu
OXALÁ – Obatalá, Orisanla in Africa, Oshalufon, Oshaguian, Oduduwa, Oshala in the New World.
OGUM – Ogun, Ogu, Ogum – Balogun
OSSAIM – Osanyin, Osain (omiero)
OXÓSSI – Osoosi, Oshosi, Oxossi – caçador
OXUMARÉ – Osumare, Ochumare
XANGÔ – Shango, Sango Chango – rei guerreiro
IANSÃ – Oya, Yansa, Iansa
IEMANJÁ – Yemoja, Iyemanja, Yemaya
OXUM – Osun, Oshun
OBÁ – Oba