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terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Porque esqueçemos os Sonhos





Esquecemos por não serem suficientemente relevantes ao ego desperto, pois, muitas vezes, tratam de temas gerados no inconsciente, a partir das elaborações entre o ego onírico e o Self, e que não têm energia suficiente para impressionar a consciência. Por serem gerados num estado de consciência abaixo do nível desperto, não conseguem ser retidos por ela. Aqueles que contêm carga energética suficiente para vencer as resistências do ego desperto e que possuem conteúdos relevantes para este, conseguem emergir à consciência para a necessária compreensão. Esses são constituídos de certa carga emocional capaz de impressionar o ego desperto. Jung dizia que “Os sonhos significativos... frequentemente são lembrados a vida inteira e, não raras vezes, demonstram ser a jóia preciosa do palácio de tesouros que é a experiência psíquica.” Esquecemos deles porque tratam de conteúdos inconscientes que se situam numa camada da psique inacessível directamente pela consciência, exactamente por terem pouca energia, o que não lhes diminui a importância. Ali se alojam, ou são gerados, por não caberem na consciência pela incapacidade desta de tudo reter. Quando são lembrados recebem um quantum de energia suficiente para impressionar o córtex cerebral, a fim de serem compreendidos. Essa quantidade de energia é suficiente por alguns instantes, porém, se não anotados, retornam à sua camada inconsciente para só serem lembrados se receberem novo quantum de energia psíquica. Por não serem lembrados não significa que não cumpriram sua função. O acto de sonhar permite um equilíbrio de tensões entre o consciente e o inconsciente. É um resultante compensador e aliviador.

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