
O Budismo Tântrico surgiu no
século VI e tem como base os textos conhecidos como Tantras. As suas bases
fundamentais são a meditação, o ritual, o simbolismo e a magia. Embora a magia
não faça parte dos ensinamentos de Buda, os praticantes do Tantrismo consideram
os Tantra como a forma mais rápida de atingir a natureza-de-Buda, em detrimento
dos Bodisatvas, como acontece nas outras vertentes do Budismo Mahayana. Quando o
Tantrismo recorre aos mantras (sons sagrados poderosos) damos o nome de
mantrayanas.
O Tantrismo procura
entender a ligação ininterrupta entre todos os estados e condições humanas,
incluindo aqueles considerados poluentes ou perigosos. Todos os estados são
natureza-de-Buda se observados e experimentados correctamente.
Outro nome do Budismo
Tântrico é Vajrayana, o veículo do Relâmpago. É bastante vulgar no
Tibete. Os cinco jinas, os eminentes, ou Ghyani-Buddha (Budas
Celestiais) são importantes objectos de meditação. São eles Akshobya, Amitaba,
Amoghasiddhi, Ratnasambava e Vairocana.
O Budismo sempre defendeu
que o Buda histórico era apenas um na linhagem de seres iluminados, todos eles
pregando a mesma mensagem religiosa de libertação. Ao longo do tempo, esta ideia
ganhou uma perspectiva consensual de que o número de Budas era tão numeroso
quanto os grãos de areia na margem do rio Ganges.
Os cinco eminentes já
referidos tornaram-se objecto de devoção popular e em muitos textos Mahayana há
mesmo referências detalhadas das características das terras dos Budas. O Budismo
Tântrico vê cada um como uma manifestação particular da existência de Buda. Os
praticantes tântricos, sob a orientação de um guru, aprendem a visualizar e a
identificarem-se com um desses aspectos da natureza-de-Buda. Dentro das técnicas
usadas, além da recitação dos mantras, são a meditação sobre a mandala da
deidade e exercícios de ioga que têm como objectivo a alteração de
desequilíbrios.
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