O QUE É O BUDISMO?
O Buda Sakyamuni nasce do flanco de sua mãe.
Originário do norte da Índia, de onde se espalhou por
muitos países da Ásia, com incidência no sudeste asiático, o Budismo pretende
nada menos que ajudar os seres a encontrar o caminho para a Iluminação e dessa
forma erradicar o sofrimento e o conflito.
“Buda” significa “o iluminado” – aquele que desperta
ele próprio e propicia o despertar dos outros. O Budismo também se assume como
uma doutrina moral, considerando a bondade e a compaixão qualidades essenciais à
Iluminação. A primeira qualidade leva à paz, a segunda combate a miséria.
O Buda Sakyamuni (Siddharta Gautama – o Buda histórico)
pregou durante 49 anos antes de ter despertado. Os seus sermões foram depois
reunidos no tripitaka – os três cestos da lei: os sutras (os
logias do próprio Buda), do vinaya (disciplina) e do
l'abidarma (doutrina). Todo o Buddhadharma (os ensinamentos de
Buda) tem como base o tripitaka.
Após o funeral de Buda, ao colocar-se a questão da sua sucessão, surgem dois dos
seus discípulos: Mahakasyapa e Ananda. Tendo o primeiro achado que Ananda (por
ter passado a vida ao lado de Buda e não ter tido tempo de estudar as técnicas
de meditação necessárias) não atingira o nirvana, isto é, não se tinha tornado
um arhat e, por isso, não o convocou para o concílio de arhats de
Rajagrha.
Qual teria sido, segundo os veneráveis documentos, a forma original da pregação
de Buda?
Contrariamente ao que muitos estudiosos possam ter dito, o Budismo não é
"pessimismo". Trata-se de uma doutrina não afirmativa, mas de princípios
negativos: o caminho do Budismo é o caminho da desvalorização do Eu e do
mundo dos fenómenos. As certezas que o mundo permite na sua exemplar
desconfiança em relação a todo o discurso metafísico, são de natureza negativa,
isto é, de tudo por em causa.
Os únicos actores do Universo são o Sofrimento e a
Extinção:
Há só Sofrimento,
não há sofrimento.
Não há agente, só há a acção.
O Nirvana é, mas não
aquele ou aquela que o
procura,
O Caminho existe, mas não
aquele ou aquela que por lá vai.
(Visuddhi Magga, 16)
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